Os tempos estão mudados.
Seu sangue flui devagar,
O sol não chega a esquentar
E os frutos lhe estão vedados.
Com os olhos já embaçados,
Ele os olha com pesar,
Os olha e os vê balançar,
Esplêndidos e dourados.
Não são para ele, porém,
Ele sabe muito bem.
Seu tempo já se escoou.
Sente que a maior virtude
De um homem é a juventude
E a dele há muito murchou.
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