Apesar dos percalços, acho que estou bem, mas parece ser uma opinião exclusivamente minha. Ontem ao meio-dia, no metrô, um senhor tão velho quanto eu (e de bengala!) me ofereceu lugar. Escrevo isto pensando no que dizia Pirandello sobre as diferenças entre realidade e ficção. A realidade não precisa ser verossímil, ela é verdadeira. Já a ficção deve, por sua natureza, estar com as justificativas sempre à mão, esperando o interrogatório. Resumindo: não preciso explicar nada sobre o homem de bengala e sua gentileza; devo cuidar-me mais e, principalmente, evitar o metrô nos horários de pico. Nunca se sabe o constrangimento que um homem da terceira idade pode causar a outro da mesma idade.
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