Costuma-se tirar o chapéu, ao menos simbolicamente, quando se fala da alma. Ela é sempre reverenciada, como se fosse a melhor parte de nós, a única a merecer respeito, e há até quem a considere superior demais para ser incluída num conjunto, como o corpo, no qual há órgãos tão prosaicos quanto o baço, o fígado, os pulmões e os intestinos. Certamente por esse alto conceito é que ela nos oprime, nos tiraniza até, escarnece de nós como se fosse um violino obrigado a conviver com bumbos, tambores, banjos e maracas.
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