Às vezes, entre as estações Masp e Consolação, se me alheio um pouco, e penso em ti, vem-me de repente um alvoroço como aquele que só sentimos na infância, ao subir numa roda-gigante ou numa montanha-russa. Devo sorrir nessas ocasiões, imagino. Pena que esse estado dure apenas uns momentos. Quando volto do devaneio, sinto que alguns passageiros se espantaram ao ver um homem, por um minuto ou dois, remoçar alguns anos e, como se no meio a mágica falhasse, reassumir sua face velha e tristonha.
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