Naquela época, eu tinha planos arrojados. Trazer a lua lá de cima para ti era um deles e, confesso, o que mais me agradava. Imaginava teu espanto, o modo como me olharias ("não é que o maluco conseguiu mesmo?") e a minha modéstia de herói ao pedir-te um beijo, só um, como prêmio pela façanha. Ah, quem me dera recuperar aquele espírito, aquela forma juvenil de ver a vida, aquela abençoada patetice, aquelas ilusões sem as quais - eu já começava a desconfiar então - eu não seria capaz de continuar vivendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário