Tem notado deserções no seu estoque de palavras. Procura manter-se atento e já decobriu que as fugas ocorrem à noite, logo depois do jantar, quando ele, sonolento, vai sentar-se no sofá. Elas esperam que ele feche os olhos, começam a se esgueirar e rapidamente escapam pelo vão da porta. Ontem ele fingiu que dormia e viu três fugindo. Uma delas era o amor, outra era a esperança. Ele não identificou a terceira, mas imagina que tenha sido a vida.
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