Então, uma tarde, enquanto meus amigos cumpriam o ritual de vaiar o beijo que o caubói trocava na tela com a mocinha, eu me concentrei em ver como os lábios se encaixavam e como se fechavam os olhos dele e dela. No domingo seguinte, fui o único da turma que não levou o revólver de espoleta para participar, na plateia, do tiroteio entre os bandidos e os habitantes da cidadezinha. Estava, sem perceber, renegando minha infância e entrando no triste mundo dos adultos.
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