Que durmas com a doce canção dos grilos e o suave assobio do mato. Que não tenhas medo do sapo agourento, menina, nem do saci, nem da mula sem cabeça. Que do arroio (há arroio aí, menina?) venha uma antiga canção de lavadeiras e que possas, se abrires a porta sorrateiramente, ver as estrelas debruçadas sobre a tua casa, tentando descobrir se és mesmo tão bela quanto disseram a elas. Que Deus te proteja de tudo, até de minha inquietação, que procurará um furo no teu sonho, para habitá-lo, ainda que seja como o mais humilde dos objetos, que nem chegarás a notar ou tocar.
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