A dor que tu propicias,
Amor, ao meu coração,
É hoje a causa, a razão
E a aspiração dos meus dias.
Os espinhos que me enfias
Com tua afetuosa mão
Me sangram de acre paixão
E lânguidas agonias.
Que aquelas tuas venturas
E tuas tantas doçuras,
Chegadas tão cedo ao fim,
Persistam em mim vivendo
E doam, porque doendo
Sinto-as mais vivas em mim.
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