Adeus à messe dourada.
O homem cobiçoso espreita
E, à mão ou mecanizada,
Já se prepara a colheita.
Na derradeira manhã
As aves, por ignorar
Como será o amanhã
Não param de gorjear.
Porém o sol, que pressente
Que é tempo de despedida,
Expõe-se completamente
Para que os frutos, embora
No último dia de vida
Brilhem ainda como outrora.
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