Quando foi recolher a roupa no varal, notou que na parte de baixo da calcinha branca uma abelha zumbia, esvoaçava e voltava a zumbir, sempre no mesmo ponto. Uma mornidão, como se o sol do quintal a estivesse lambendo, fixou-se no seu ventre e começou a lhe descer pelas coxas, como se a abelha houvesse desistido da calcinha e estivesse agora na calça jeans que vestia, e zumbisse, e esvoaçasse, e avançasse e recuasse, buscando um pouco mais de embriaguez ali onde o dedo já se dispunha a abrir o zíper.
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