Quando a amiga de sua mãe, depois de conversar com ela por duas horas, se levantou do sofá e se despediu, o garoto de treze anos esperou que morressem no corredor os ecos dos sapatos e das gargalhadas roucas, e, assim que a mãe foi para a cozinha, ele se esgueirou até o sofá e, pousando a mão onde a mulher estivera sentada, sentiu uma inquietação quente e salgada, uma intuição de sol e mar, um marulho nas entranhas e uma agonia ali onde sua calça tinha raivosa e repentinamente se intumescido.
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