Também daquele que nunca viste e que a minha imaginação coloca numa manhã de 2000 ou numa tarde de 2001 observando-te entrar num hotel de uma cidade qualquer - também daquele eu tenho ciúme. Cada vez que reinvento a cena, torna-se mais nítido e belo o rosto dele e hoje, quando eu caminho pelas ruas, o envelheço mentalmente doze anos ou onze e sobressalto-me quando penso vê-lo na Paulista ou na Augusta. Não sei o que farei quando o encontrar, mas, quando fantasio esse encontro, eu, que gostaria de sentir crispação e ódio em minhas mãos, vejo-as inertes, enquanto o ciúme abre duas fontes de lágrimas em meu rosto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário