No hospital, a mulher lhe dá sopinha na boca, e depois de cada colherada lhe passa amorosamente o guardanapo nos lábios rústicos. "O que eu seria sem você, Maria? Ai, meu anjo, eu estou tão fraco, ai." A mulher o conforta: "Logo você vai estar forte que nem um touro, João, você vai ver." João geme. Acha que a morte é certa. Se escapar, a primeira coisa que vai fazer é procurar Zuleica. Ah, Zuleica, com aquele dentinho de ouro na frente. Maria às vezes acerta suas previsões. Quando for ver Zuleica, tomara que esteja mesmo forte como um touro. Toma um pouco mais de sopa, geme: "Ai, Mariazinha, eu estou morto."
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