Já nem olha para as coxas e para os braços da mulher de bíquini deitada sobre uma esteira, na praia. De vez em quando, ainda detém o olhar nos seios, que sobem e descem com suavidade, como as ondas. Mas o que o fascina no corpo é a perolazinha que cobre o umbigo e faísca quando tocada pelo sol. A mulher está de olhos fechados. Ele os fecha também e fantasia uma situação. Ajoelha-se ao lado dela e respira fundo. Baixa a cabeça e começa pela pérola, resvalando pelo umbigo, presenteando a língua com um sabor que ela nunca havia provado - um tanto áspero, um tanto salgado, deliciosamente perturbador.
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