quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Kama Sutra - XCIX
Depois de lhe recusar por mais de uma semana os seios, ela hoje coloca o relógio de pulso no banco da praça, entre os dois, e diz: tá bom, mas ouve bem, só um minuto. Olha para os lados, para se assegurar de que não há ninguém por perto, e puxa de dentro da blusa um, depois o outro. Pela facilidade com que os tira agora, ele sabe que ela está sem o sutiã que nas noites anteriores ele havia apalpado, arranhado, mordido, para tentar acender nela alguma luxúria. Ela os segura por baixo e os oferece, como se ele fosse um bebê para quem conseguiram uma ama de leite. Ele se debruça sobre um, sobre o outro, sobre os dois, como um enjeitadinho de asilo que não sabe quando mamará de novo. O relógio já deve ter marcado dez minutos, quinze, mas permanece esquecido no banco, enquanto ele se farta, engasga, geme de satisfação, e ela, sem se importar agora em se mostrar vencida, acaricia os cabelos dele, mais, mais, para que ele nem pense em tirar os lábios de onde eles estão.
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