... diante de uma árvore recentemente plantada, adotá-la como nossa e recear que ela possa ser derrubada por chuvas ou pelo vento. Vê-la crescer centímetro a centímetro, já visitada por esporádicos passarinhos, e tê-la como única razão para irmos ao parque. Chamá-la por um nome que só nós sabemos e sentirmos no contato com suas folhas a alma da seda. Tê-la como símbolo da vida e a encontrarmos um dia derrubada por mãos grosseiras ou ver, à sua incipiente sombra, encostados no seu ainda frágil tronco, dois homens empenhados em dar cusparadas cada vez mais sibilantes e longas. Coisas assim acontecem.
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