Nunca me afoguei, e sei que vocês também não. Mas, se há entre vocês alguém que sofra de síndrome do pânico, esse dirá a vocês que, quando a crise ataca, a sensação é a de que estamos nos afogando. E, se no início lutamos para subir à tona, depois agradeceríamos a Deus se nos afogasse de uma vez, sem mais alarmes falsos, para que nunca mais nos víssemos diante daquela aflição. Que eu possa dormir em paz hoje e, se o mar me aparecer em sonho, que seja o da minha infância, aquele mar que eu reproduzia no meu caderno de desenho, com o sol quase à beira da água e o barquinho confiante sobre as ondas, como se brincasse de pular corda.
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