sexta-feira, 22 de março de 2013
Xico,
eu disse aqui, agora há pouco, que me dou mal com a informática. Na verdade, é ela que não se dá bem comigo. Acabo de mandar um e-mail a você e ele voltou como um bumerangue, com a informação de que a conexão falhou. Relevei a desfaçatez por ela ter vindo no idioma do Shakespeare, aquele goleiro do Chelsea casado com a Gwyneth Paltrow. Vamos ver se por aqui a mensagem vai e se alguém a faz chegar a você. Bom, nela eu dizia (o que ficou agora bem comprovado) que nesse negócio de informática eu sou como um zagueirão do Olaria batendo o quinto pênalti da série e derrubando um teco-teco. Ia dizer zagueiro do Íbis, mas aí esse zagueiro teria a camisa dez e seria o capitão do time. Por falar em camisa dez, você está batendo uma bola que não é brincadeira. Eu assino o Estadão, mas o Nelson Cunha, que gasta metade da aposentadoria com pastilhas Valda, de tanto berrar pelo Timbu, paga ingresso dobrado para ler a sua coluna na Folha e me manda toda semana o texto. Você deve conhecer a figura. Ele está em Olinda agora e todo dia, para zombar do frio e da chuva daqui, envia notícias de sóis e de praias que bem justificam o nome da cidade. O antônimo de Olinda, como o definiu exemplarmente o Houaiss, é Ofeia (leia-se São Paulo). Sei que depois disto jamais me encomendarão crônicas para o dia 25 de janeiro, mas, afinal, me cansei de falar do Ponto Chic, dos cachorros-quentes da Três Porquinhos e do cine Broadway. Que bom poder lhe mandar este abraço e (embora correndo o risco de ofender o Edgar) um pacotinho de alpiste. Se ele comer e começar a cantar musiquinhas da Xuxa, corretivo nele!
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