Sonhou que dirigia um carro de defunto. Estava escuro, o cemitério era longínquo e ele se perdeu, fazendo com que se perdessem também os carros que o acompanhavam. Além da treva, formou-se uma cerração abrupta e, quando ele chegou ao cemitério, já havia nascido o dia. Ele abriu a porta para descarregar o morto. O sol bateu sobre os frisos dourados do caixão e, ouvindo um ruído vindo de dentro, ele abriu a tampa. Colocou a mão no rosto do morto, sobre a verruga acima do lábio superior. Depois, apalpou a própria. Também o bigodinho ruivo era igual.
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