Permitam-me de vez em quando uma dorzinha de cotovelo (perdão, dor de cúbito, segundo a nova nomenclatura) e algumas coisas piores. Sou rancoroso, ressentido, invejoso, e cometo o possível equívoco de não me achar muito diferente dos meus semelhantes. Gostaria de me dizer rico, bonito, talentoso e alvo de paixões abrasadoras (com lugar-comum e tudo) de mulheres altas, esguias e misteriosas. Elas não precisariam conhecer a conjugação de verbos defectivos. Talvez precisassem ensinar-me a beijar, uma atividade da qual tenho descurado, e a fazer outras coisinhas das quais confesso gostar, apesar de minha fama de nefelibata.
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