... que nosso rosto pálido foi consumido por vigílias de amor, cospem nas nossas mãos que pedem, estendidas. A caridade foi feita para o pão dos pobres, para a roupa dos esfarrapados, para o cobertor dos meninos que dormem embaixo de viadutos. Cospem nas nossas mãos e, porque nada mais nos pode humilhar, nós as conservamos estendidas, ainda, e as limpamos esfregando-as nos joelhos, que ainda mantêm as sagradas marcas das noites em que pelo amor se ajoelharam.
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