... que foram postos no cárcere do Amor andou chorando tanto, por julgar pequeno o suplício que lhe destinaram, que ontem de manhã o conduziram, devidamente amarrado e encapuzado, ao mais ermo dos lugares, deixando-o ali. À noite, quando encarcerados e carcereiros imaginavam poder desfrutar enfim uma noite de bom sono, o infeliz reapareceu e, arranhando o portão de ferro com as unhas, se pôs a gritar: "Me aceita de volta, Amor, eu te imploro. Dá-me vinagre para beber, e carne podre, mas deixa que eu volte. Dá-me cem chicotadas noturnas, em vez das duzentas a que faço jus, que juro não mais me rebelar nem me queixar. Eu juro, Amor. Cem chicotadas, só, ou cento e cinquenta."
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