sábado, 22 de junho de 2013
Festa, hoje,
no colégio. Desde cedo o vento sacode as flâmulas e os galhardetes. Há no ar aquele burburinho que só as expectativas juvenis conseguem criar e alimentar. Serão cantados os santos (sempre aqueles três de junho, o que indica uma falta de renovação na área). O homem do churrasquinho venderá seus gatos como se lebres fossem e o do algodão-doce defenderá também seu mês. A propósito: nunca entendi, quando menino, como alguém podia trocar aquela preciosidade de finos e doces fios por uma nota amassada ou uma moeda já meio comida pela ferrugem. Depois, ao longo da vida "adulta", vi venderem preciosidades ainda maiores. Tudo está à venda, sempre. Tudo no mundo está por conta da simonia. Vendemos tudo, tudo compramos. Claro que a alma tem um preço especial. Tanto que eu, apesar de todo este discurso de bons hábitos e costumes, venderia a minha ao Diabo, como não, por um Sonho de Valsa, como aquele da música. Mas o Diabo não é tolo. Sabe que terá minha alma de graça, no fim.
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