Encontraram o amor embrulhado num cobertor fino, na margem do rio que recebe o esgoto das casas vizinhas. A quem o levou até ali faltou a coragem de atirá-lo ou fazê-lo deslizar até a água escura. Era um desses amores bem jovens, de rosto ainda indefinido, e a mulher que o salvou disse que talvez fosse melhor tê-lo deixado ali, para preservá-lo dos sofrimentos que por certo estavam destinados a ele.
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