Aquele que um dia injetou nas veias o amor nunca pode se dizer curado. Passem quantos anos passarem, um dia ele ouvirá uma canção, verá numa estante de livraria determinado livro, terá no meio da multidão a visão de uns cabelos tocados pelo fulgor do sol - e precisará cravar as unhas nas palmas para resistir ao impulso de pegar a seringa e novamente introduzir no corpo o veneno que lhe dá vida enquanto amorosamente o mata.
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