... palavras erradas, pelos gestos equivocados, pelas ações, pelas omissões, por não ter conseguido mostrar-me como sou e por ter sonhado mais do que deve um homem. Pago por não ter sido quase nunca audacioso e porque, quando tentei ser, fui audacioso demais. Pago por ter sido incompetente, inábil, tolo, grosseiro e por tantas outras coisas mais. Pago por não ter sabido lidar com um tesouro precioso demais para mim. Ficou-me, das moedas que me escorreram por entre os dedos, um resquício de ouro que, no entanto, me aquece ainda as mãos e às vezes deixa nelas um início de febre que doura os últimos frutos que vou apanhando no caminho.
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