quarta-feira, 17 de julho de 2013
Acreditei no amor
Acreditei no amor, e a vida, que não dera respostas a Kant, a Hegel e a tantos outros, me sussurrou que ela era o único sentido e significado. E, como acreditara no amor, acreditei também na vida, e ela me pareceu tão clara e desprovida de enigmas quanto um exercício de palavras cruzadas para aprendizes. O caminho era ensolarado como aquele que levava outrora ao país de Oz, e meus pés precisaram imbuir-se de humildade para não se acharem asas. As árvores estendiam os braços para felicitar-me e a chuva saciava minha sede com gotas extraídas do arco-íris. Falhei em algum ponto do caminho, talvez por presunção. Tropecei, caí de minha empáfia e sobre a trilha de Oz fechou-se uma treva densa que, achando-se bela, obteve permissão para tornar-se permanente.
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