... em que o amor cheirava a lírios e rosas. Abria-se como um girassol e girassolava para encantar o dia quando ele, ainda menino, acabara de surgir no horizonte. Houve um tempo em que o amor, como água da fonte, podia ser colhido nas mãos em concha e bebido. Eram outras nossas narinas nesse tempo de lírios e de rosas, de água corrente e cantante. Não culpemos o amor por nossa incapacidade. Haverá ainda quem o mereça. Nossa oportunidade já se foi. Que outros, puros como éramos naquele tempo, venham ainda a aspirar o aroma e sentir na garganta e nos ouvidos o gosto e a canção da cristalina fonte.
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