... de todos os seus excessos - os de ira, os de presunção, os de esperança, os de desespero. Não quer que os outros se lembrem dele com ódio, nem com espírito de desforra, no dia em que se for. As culpas que o vêm atormentando devem ser algum sinal, talvez o último aviso para que ele tente limpar sua alma. Tem medo de que não consigam carregá-lo no dia derradeiro. Tudo nele pesa e incomoda. Lembra-se de passagens ridículas em que se mostrou insensato, incoerente, vil. Arrepende-se de todas as suas demasias, menos de uma: devia ter aproveitado todas as energias que gastou em tantas insignificâncias e concentrá-las todas no amor.
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