Hora de acalmar o coração, de impor-lhe certa disciplina, antes que se torne ainda mais maluco e disparatado. Ir para o sofá, pegar um livro, de preferência bem triste. Voltar aos poucos aos ensinamentos de sobrevivência. Esquecer o amor. O coração, se o deixarmos tomar as decisões, se lançará novamente a abordagens amorosas, como um pirata invadindo conveses. Já chegou o tempo de abençoar a tosse que se torna mais branda e o medicamento que vai dando certo. A vida é isto mesmo: a resignação, o chinelo à disposição, um cochilo à tarde. Aquele que sonha besteiras acordado é outro, um homem em cuja companhia não se deve andar nunca.
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