A história é comum, vive acontecendo. O homem se afasta de tudo, renuncia aos pequenos e aos grandes prazeres e às luzes do mundo para poder cuidar exclusivamente de sua tristeza. Ele a nutre, ele cuida dela com fanatismo e orgulho de mãe. Ele a cura, quando ameaçam atacá-la acessos de alegria. Ele a põe no peito, a embala para que durma, diz-lhe as melhores palavras - e no entanto sempre acaba chegando um dia em que, esquecendo-se de toda essa devoção, ela espera que ele cochile e, no sonho, depois de tomar todas, desata a rir e a esfregar-se em todos os homens da festa, sob o alcoviteiro som de melosos boleros.
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