Tive no jornal um amigo, revisor também, que gostava de brincadeiras vocabulares, de paradoxos verbais. Quando eu me despedia na hora inevitável em que o bar fechava, ele (seu nome era de uma aristocracia irreprochável, Octávio Márcio de Camargo Guimarães) sempre dizia: "Que pressa é essa? É tarde ainda, fica mais embora." Certa madrugada, depois de mais uma vez termos sido despejados do velho Mutamba, eu, querendo esticar a madrugada, perguntei: "E agora?" "E Angola?", respondeu ele, com outra pergunta. "Angola vamos procurar outro boteco."
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