... um sol friorento, tímido, como o sorriso de Caio Fernando Abreu. Se o sol me dissesse algo, seria: "Desculpe, é o melhor que consigo ser hoje." Amanhã ele talvez apareça mais animado, juvenil. Afinal, amanhã é sábado. Para Caio Fernando Abreu, nunca era sábado. Domingo, nem pensar. Caio Fernando Abreu não era jovem nem velho. Ele tinha a idade de sua tristeza. Ele a amava e pedia desculpas por não poder deixar de ser como era.
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