ir para a sala, para o sofá, e ler o que outros homens disseram sobre as aflições da vida. Há nisso, sempre, uma doçura que as alegrias não têm. A alegria é tola, ri deseducadamente, mostra os dentes, exibe a gengiva onde um resto do cereal matutino teimou em se incrustar. A alegria é falsa e se esgota com a última gargalhada, que soa logo depois da primeira. A tristeza, não. Ela a todo instante nos fustiga, nos espeta. É amorosa conosco a tristeza, não nos deixa por qualquer baboseira. A tristeza é o mais fiel dos cães.
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