Se fosse empregar a linguagem usada nos livros bem antigos que descreviam cenas amorosas, diria que ainda não toquei a pomba de Márika Voroshenka, assim como ela jamais pousou a mão em meu pássaro. Já andamos chegando perto, bem perto, e confesso que não sei se isso, se vier a acontecer, será um avanço natural ou o início do fim. Noto em nós uma prudência que possivelmente se deva à má lembrança de experiências, tanto minhas quanto dela. Os dedos, as bocas, os lábios e as línguas têm nos bastado. Quando alguma faísca mais perigosa ameaça manifestar-se, temos a favor de nossa resolução o fato de nos encontrarmos num espaço público.
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