sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Kama Sutra - CCLXXIII - Márika Voroshenka(11)
Não sei em que Márika Voroshenka trabalha. Como ora nos encontramos de manhã, ora à tarde, imagino que tenha alguma atividade noturna. Por não haver entre nós senão o compromisso de nos divertirmos, seja qual for o alcance desta palavra, não posso, embora queira muito, fazer-lhe certas perguntas. Suponho às vezes que seja casada com um homem bem rico, que a dispense de trabalhar. Ou talvez ela trabalhe mesmo à noite, mas em quê? Quem sabe como instrutora de academia. Seu corpo modelado torna plausível a hipótese. Suas mãos são delicadas e bem cuidadas, isso eu sei. Quando elas abrem dois botões de minha camisa ou se enfiam clandestinas por baixo de minha camiseta, eu me envergonho de oferecer a elas só um peito áspero e os pelos brancos que Márika felizmente nunca deve ter visto. Toda vez que ponho entre minhas mãos as de Márika, tenho vontade de beijá-las, de lambê-las, e só não sigo esse impulso porque seria mais ridículo ser apanhado por um frequentador do parque nesse ato de beijar e lamber do que se estivesse despindo Márika. Volto à questão de nunca nos termos tocado nas nossas partes íntimas. Se um dia ela fizer isso, tenho medo de sofrer um chilique, de desmaiar como uma donzela quando recebe inesperadamente o primeiro beijo de língua. Gostaria de ter algo que merecesse estar na mão de Márika, se um dia isso vier a acontecer.
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