A chuva derrubou esta noite, num quintal vizinho, um passarinho que pia seus últimos pios. Não será ouvido em nenhuma sessão, nem ordinária nem extraordinária. Quem o ouve, em vão, são as ameixeiras, as pitangueiras, os ipês, e os cachorros - que latem seus fortes latidos produzidos pelas rações transgênicas. Infelizmente, não há por aqui ninguém que possa me traduzir a linguagem dos cães, e não sei o que eles deliberaram sobre o passarinho. De qualquer forma, ele morrerá logo e poderemos voltar a pensar sobre os graves problemas da cidadania. O homem é um ser político.
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