Ele tem uma fantasia. Sentar-se com ela no último banco de um ônibus noturno e fingirem que não se conhecem. E começarem a avançar as mãos cautelosamente, milímetro a milímetro. E gastarem-se assim, segurando febrilmente a seiva, até que, não aguentando mais, se acabem em espasmos que tentarão esconder um do outro, como dois estranhos envergonhados e recompensados pela súbita luxúria.
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