Ela nunca tocou, de ti, nada mais essencial do que os ombros, que os braços, que as mãos. Ela estava sempre de castigo, como tu dizias, impedida de se aproximar dos teus tesouros. E, no entanto, hoje, se sentisses até onde ela vai... Conhece cada ilha de tua geografia, cada elevação, cada ponto, alguns cujo nome nem tu sabes. Nem imaginas onde ela está, mas ela te percorre e sabe em que mata se esconder, onde comer, onde se dessedentar, quais são as fontes de leite e de mel. Apropriou-se de todo o teu território e o percorre com carinho, mas com um pouco da mágoa que ficou da antiga rejeição.
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