No colégio em frente, é hora do intervalo entre a segunda e a terceira aulas. A alegre algaravia dos meninos e das meninas chega até a minha janela. Fragmentos de palavras, sons, desafios, gargalhadas, palavrões que o vento pudico fragmenta. Fui assim também, um dia. Um menino que não queria ser outra coisa. Ouço estes, de hoje, e torço, quase rezo, para que nenhum professor inocule neles o veneno da poesia. Como uma coisa aparentemente inofensiva pode arruinar a vida de um homem!
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