Tudo que dói tanto hoje será amanhã como uma cicatriz de infância que procuramos para mostrar e não encontramos. Um tombo tão grande, e nada, nem um sinalzinho para comprovar? Somos mentirosos, por acaso? Que a dor doa agora com toda a intensidade, que berremos, que digamos que ninguém sofreu jamais como nós. Amanhã, quem terá paciência para ouvir nossas lamúrias? Elas soarão como queixumes de um bebê pedindo a mamadeira. Gritemos hoje, 27 de setembro de 2013, que nossa alma dói terrivelmente, como se de repente houvesse descoberto que ela, alma, é uma das tantas mentiras que nos impuseram para tornar tolerável a vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário