Um defeito que temos (eu pelo menos) é o de querermos emprestar tons épicos a tudo que nos ocorre. Sendo autores e personagens de nossa história, damos um jeito de encontrar, a todo instante, moinhos de vento em nosso caminho. O amor, por exemplo, nós o fazemos rugir como um leão faminto ou um rio caudaloso. E, quando ele termina, nós o choramos como se chorássemos uma princesinha morta. O amor é um riozinho, um arroio e, se escapou de nossas vistas, é melhor imaginá-lo fluindo agora em uma paisagem amena, cercado de árvores nas duas margens, tocado pelo sol e por uma brisa reverente.
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