Um bom exercício diário é olharmos para as nossas mãos para ver se ainda há nelas indícios do ouro que elas quiseram possuir. Se houver, livremo-nos deles, todos. O instinto da posse nos desgraçou e o que era imagem nós tentamos transformar em matéria. E aumentamos o tamanho de nossos bolsos, e nosso estômago se alvoroçou, e nossas entranhas se prepararam para um festim. Olhemos para nossas mãos e digamos: vocês erraram, eu errei. No banquete do amor, se algo for servido, hão de ser estrelas, nuvens brancas e uma pequena fatia da lua.
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