No nosso dia final, todos os domingos que entristecemos com nossa inapetência para a vida virão cobrar-nos. Chegarão de mãos dadas, como meninas que quiseram brincar e receberam de nós aquela seca e inalterável palavra
não. Terão no rosto, enfim, o sorriso que lhes negamos quando quiseram dar-nos seu sorriso. E seu sorriso será velho e enrugado, como o nosso. Morrerão conosco, amargos, ressentidos, esses pobres domingos, essa meninas às quais não quisemos dar nem infância nem alegria.
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