O exercício constante da poesia é algo que me causa desconfiança. Aceita-se um contista, um novelista, um romancista que trabalhem cotidianamente em seus contos, novelas e romances. Mas imaginar que poemas de verdade possam resultar de expedientes diários de oito horas, com duas de intervalo para o almoço, é supor que milagres possam ser encontrados às grosas, como calcinhas e sutiãs nas bancas de saldos da rua Direita.
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