Nunca vi a Polônia, nunca a verei. Uma amiga uma vez me convidou para carregar suas malas numa viagem à Índia, e outra vez numa viagem ao Japão. À Polônia não lhe ocorreu convidar-me. E, de uns tempos para cá, venho sentindo o impulso de ir à Polônia antes de morrer. Não obedecerei ao impulso. Teria vergonha de dizer lá que, para mim, a Polônia foi sempre só a terra dos meus pais. Eu devia ter descoberto antes que a Polônia é a terra de Wislawa e Chopin. A Polônia me dói no peito como uma mãe abandonada pelo filho.
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