Há escritores com os quais não damos liga, como se diz. Cada um de nós tem exemplos disso. Pablo Neruda é um desses, para mim. Tento gostar dele, pego de vez em quando um livro seu e é sempre aquilo: um estardalhaço, uma noite de fogos de artifício na praia, um desperdício de palavras, um abuso de imagens, uma poesia discursiva como um manifesto. Entendo muito pouco disso, vocês sabem, mas quatro ou cinco estrofes de Emily Dickinson valem, para mim, todo o Neruda. Vinícius de Moraes, nos poemas de amor, ganha de cinco e dá olé no final.
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