Senhora querida minha,
Me tratas com tal descaso,
Que eu penso se por acaso
Sou peste ou erva daninha.
Será tão rude e maninha,
Tão digna de pouco-caso,
A mão que quando tem azo
A tua mão acarinha?
Senhora da minha vida,
Ao menos na despedida,
Ao menos por um momento,
Pensa com ternura em quem
Sempre a tua imagem tem
Tão viva no pensamento.
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