"Era só um botão de rosa,
Mas queimou meu coração;
Floresceu e foi-se embora,
Virou musa da estação.
Rosa tão maravilhosa,
Eu a quis em meu buquê;
Mas a flor era espinhosa,
E logrou se defender.
Hoje, murcha e destruída
Pela chuva e pelo vento,
Vem a mim - Henri, chéri! -
Cheia de contentamento.
Heinrich, Heinrich, queridinho -
Diz na doce intimidade;
Só me queixo é de um espinho
Bem no queixo da beldade.
Um pelinho piniquento
Na verruga me atrapalha -
Filha, vá para um convento
Ou te apruma com navalha."
(Do livro Heine hein? - poeta dos contrários, tradução de André Valias, publicado pela Perspectiva.)
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